Vivendo a Capoeira: A Saga de Mestre Curió - 84 Anos de História, Resistência e Tradição
Vivendo a Capoeira: A Saga de Mestre Curió - 84 Anos de História, Resistência e Tradição
Mestre Curió, cuja trajetória de vida se entrelaça com as raízes profundas da Capoeira de Angola, é um ícone venerado na cultura nacional. Nascido em 23 de janeiro de 1937, na cidade de Patos, Paraíba, ele é o filho do baiano Pena Dourada, neto de Pedro Viricio (Curió de Candeias) e bisneto do lendário Besouro, mais antigo que o Magangá. Essa linhagem de capoeiristas ilustres moldou o destino de Mestre Curió desde o seu nascimento.
Seu pai, José Martins, também conhecido como Pena Dourada ou Martim da Pemba, não só era um capoeirista habilidoso, mas também um vaqueiro por profissão. A vida de Pena Dourada cruzou o caminho da paraibana Maria Bispo (Maria Malvadeza) durante uma de suas viagens a Patos. Dessa união, nasceu Jaime Martins dos Santos, o futuro Mestre Curió.
A infância de Curió foi marcada por perdas e desafios. Após a morte de sua mãe, ele enfrentou as dificuldades impostas por madrastras cruéis, resultando em fugas frequentes de casa. A cada retorno ao convívio com seu pai, novas surras o aguardavam. Essa dura realidade forjou a resiliência e a determinação que o acompanhariam ao longo de sua vida.
A transição de Candeias para Salvador testemunhou as várias facetas da existência de Mestre Curió. Ele trabalhou como cozinheiro de restaurante, experimentou a vida nas ruas e se aventurou em outras práticas, como o karatê. No entanto, sua paixão pela Capoeira de Angola permaneceu inabalável desde os oito anos de idade, quando aprendeu essa arte ancestral com seu velho avô.
A influência de Mestre Pastinha, um ícone da Capoeira de Angola, foi crucial em sua jornada. Curió tornou-se um dos discípulos de Pastinha, contribuindo para a construção da história da capoeira com sua dedicação e habilidades excepcionais. Com o tempo, ele deixou uma marca indelével na capoeira, na vida e na cultura nacional.
Mestre Curió é um capoeirista nato, um angoleiro por excelência e um cantador notável. Sua habilidade de expressar a riqueza cultural por meio da capoeira o transformou em um defensor ardente das raízes e da ancestralidade. Com 84 anos de vida e 76 anos dedicados à capoeira, sua história é um testemunho de lutas, resistência e perseverança.
Neste momento especial, rendemos nossos sinceros parabéns a Mestre Curió, desejando-lhe muitos anos de vida, saúde e paz. Seu legado é eterno, e sua contribuição para a preservação e promoção da Capoeira de Angola ecoará através das gerações.
Este relato foi baseado nas valiosas informações do livro "Capoeira Angola, Histórias e Recordações da Vivência de Mestre Curió," escrito por Jaime Martins dos Santos (Mestre Curió), com texto de Antônio Luíz Campos (Boa Alma).
Mestre Curió, cuja trajetória de vida se entrelaça com as raízes profundas da Capoeira de Angola, é um ícone venerado na cultura nacional. Nascido em 23 de janeiro de 1937, na cidade de Patos, Paraíba, ele é o filho do baiano Pena Dourada, neto de Pedro Viricio (Curió de Candeias) e bisneto do lendário Besouro, mais antigo que o Magangá. Essa linhagem de capoeiristas ilustres moldou o destino de Mestre Curió desde o seu nascimento.
Seu pai, José Martins, também conhecido como Pena Dourada ou Martim da Pemba, não só era um capoeirista habilidoso, mas também um vaqueiro por profissão. A vida de Pena Dourada cruzou o caminho da paraibana Maria Bispo (Maria Malvadeza) durante uma de suas viagens a Patos. Dessa união, nasceu Jaime Martins dos Santos, o futuro Mestre Curió.
A infância de Curió foi marcada por perdas e desafios. Após a morte de sua mãe, ele enfrentou as dificuldades impostas por madrastras cruéis, resultando em fugas frequentes de casa. A cada retorno ao convívio com seu pai, novas surras o aguardavam. Essa dura realidade forjou a resiliência e a determinação que o acompanhariam ao longo de sua vida.
A transição de Candeias para Salvador testemunhou as várias facetas da existência de Mestre Curió. Ele trabalhou como cozinheiro de restaurante, experimentou a vida nas ruas e se aventurou em outras práticas, como o karatê. No entanto, sua paixão pela Capoeira de Angola permaneceu inabalável desde os oito anos de idade, quando aprendeu essa arte ancestral com seu velho avô.
A influência de Mestre Pastinha, um ícone da Capoeira de Angola, foi crucial em sua jornada. Curió tornou-se um dos discípulos de Pastinha, contribuindo para a construção da história da capoeira com sua dedicação e habilidades excepcionais. Com o tempo, ele deixou uma marca indelével na capoeira, na vida e na cultura nacional.
Mestre Curió é um capoeirista nato, um angoleiro por excelência e um cantador notável. Sua habilidade de expressar a riqueza cultural por meio da capoeira o transformou em um defensor ardente das raízes e da ancestralidade. Com 84 anos de vida e 76 anos dedicados à capoeira, sua história é um testemunho de lutas, resistência e perseverança.
Neste momento especial, rendemos nossos sinceros parabéns a Mestre Curió, desejando-lhe muitos anos de vida, saúde e paz. Seu legado é eterno, e sua contribuição para a preservação e promoção da Capoeira de Angola ecoará através das gerações.
Este relato foi baseado nas valiosas informações do livro "Capoeira Angola, Histórias e Recordações da Vivência de Mestre Curió," escrito por Jaime Martins dos Santos (Mestre Curió), com texto de Antônio Luíz Campos (Boa Alma).
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